Dafra lança Super 50, uma 'cinquentinha' barata e econômica
De olho nos motociclistas com renda mais baixa que precisam de um meio de locomoção, a Dafra acaba de lançar a Super 50. Os principais argumentos de vendas deste novo ciclomotor -- veículo de duas rodas de até 50cc -- são preço mais acessível, baixo consumo de combustível e agilidade para percorrer pequenas distâncias em trechos urbanos. A "cinquentinha" custa R$ 3.390 e, segundo o fabricante, roda cerca de 50 km com um litro de gasolina.
Para alavancar as vendas, a marca aposta na regulamentação de diversos municípios brasileiros, nos quais não é preciso emplacar os ciclomotores. Ou seja, é um gasto a menos para o piloto. A previsão da Dafra é vender 10 mil unidades da Super 50 já no primeiro ano de sua comercialização. Segundo a marca, o público para este tipo de veículo não está nos grandes centros, mas sim nas cidades mais afastadas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Mas, para pilotar este tipo de veículo, o condutor deve ter mais de 18 anos, uma Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) ou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A.
Polêmicas legislativas à parte, a Super 50 na realidade é um "downgrade" da Super 100. O diferencial fica por conta dos piscas menores na Super 50, o adesivo no tanque e, é claro, a motorização. O ciclomotor da Dafra está equipado com um propulsor monocilíndrico de 49,5 cm³ de capacidade, quatro tempos e duas válvulas, que foi instalado de forma horizontal. O motor oferece potência máxima de 3 cv a 8.400 rpm e torque máximo de 0,285 kgfm a 4.800 rpm. O câmbio tem quatro marchas e embreagem centrífuga automática: basta pisar no pedal para trocar de marcha.
Em função de seu desempenho, o veículo tem características estritamente urbanas e a velocidade máxima não passa de 50 km/h. O consumo de combustível é outro ponto forte do produto. Em testes realizados pela montadora, o pequeno ciclomotor chegou a fazer 53 km/l. Com um tanque de dez litros de combustível, a autonomia pode chegar a cerca de 500 quilômetros.
Para atender à legislação dos ciclomotores, o módulo CDI (Ignição por Descarga Capacitiva) efetua o corte da ignição do motor pela rotação equivalente a velocidade de 50 km/h, independentemente da marcha acionada. "Ou seja, no caso da Super 50 o sistema realiza o corte de ignição em função da marcha engatada, aproveitando o máximo de torque e respeitando a legislação", explica Victor Trisotto, diretor de desenvolvimento da Dafra Motos. Por exemplo, se o motor estiver em quarta marcha, o corte é feito a 7.800 rpm. Entretanto, se estiver em terceira marcha, o corte ocorre a 9.800 rpm. "Com esse sistema, o motor da Super 50 apresenta um ganho de cerca de 10% na potência", garante Trisotto.
A Super 50 tem sistema de catalisadores e de alimentação que a enquadram nas exigências da legislação nacional. Por isso o nível de emissão de CO2 do modelo está 65% abaixo do limite máximo estabelecido, e a emissão de NO (óxido de nitrogênio) e hidrocarbonetos está 26% abaixo do limite.